segunda-feira, janeiro 10, 2011

The man I love.

O homem que eu amo é forte e bonito...
É feliz, dança como ninguém.
É habilidoso.
O homem que eu amo é capaz de me proteger de tudo e de todos...
É perfeito, sem constar nenhum defeito.
É atencioso, pensa em casar e ter filhos, quer viver feliz para sempre, como num conto de fadas.
O homem que eu amo puxa a cadeira para eu sentar, abre a porta do carro..
É um verdadeiro gentleman, sabe como me agradar de todas as formas, me conhece mais do que qualquer pessoa no mundo e consegue saber o que eu penso com um simples encontro de olhares.
O homem que eu amo me respeita, sabe o que eu gosto e o que eu odeio; em termos, me obedece.
É compreensivo, sensível. É carismático. É carinhoso e tão grudento quanto eu.
O homem que eu amo me ama de todo jeito, consegue amar até os meus defeitos, não quer que eu mude nenhum, afinal, "nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".
O homem que eu amo me atura até quando sou grossa e tem paciência por nós dois. Mesmo quando nem eu consigo me aguentar, ele me abraça e me aninha em seu peito... Forte, como torres. Lá me sinto segura. E só lá.
O homem que eu amo fica horas comigo no telefone; vai ao shopping e fica o dia inteiro andando e carregando bolsas, enquanto eu entro em cada loja ao alcance da minha visão, mas sem nunca se entediar ou se cansar de dizer "ficou lindo em você".

O homem que eu amo... não existe.


ainda.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Bittersweet.

Passo tanto tempo sem te ver que penso esquecer do teu rosto. Porém, quando fecho os olhos, as delicadas linhas do teu semblante se desenham em minha mente. Você parece tão perto. Tento te tocar, entretanto minhas mãos agarram o ar.

Na minha mente, guardo a cópia mais fiel do sorriso mais bonito. No meu corpo sinto o calor; o seu calor. Arrepio-me. Faz tanto tempo. Pensei te esquecer. Pensei encontrar em outro alguém o que tinha contigo. Falhei.

Hoje abri uma gaveta, e dela saíram fantasmas. Nela se encontram tuas fotos, tuas roupas ainda com teu cheiro. Ah, aquele doce aroma do seu perfume barato. Quis fugir. Sentei-me. Recusava-me a acreditar no poder que ainda tinhas sobre mim. Seria possível? Uma vez mais, fechei os olhos para te trazer pra perto.
Não pude evitar e procurei ler as doces palavras que dizias quando por mim era apaixonado. Tentei espantar o pensamento de que aquelas mesmas palavras hoje são ouvidas por outro par de ouvidos atentos. Tentei segurar a lágrima que teimava cair. Falhei novamente.
Descobri não ser tão forte quanto pensava. Descobri ser um ser humano como outro qualquer. Descobri a vulnerabilidade. Mas seria só eu vulnerável?
Ouvi nossa música. Permiti-me sentir tudo, deixei o oceano de sentimentos me invadir e me afogar.
E então, calei-me.


permaneço em silêncio.