sábado, novembro 12, 2011

Antonímia.

Sim. Não.
Nenhum?
Algum. Algo. Alguém.
Ninguém.
Olhar. Ver. Antônimos quase sinônimos.
Permanecer na superfície (olhar). Arriscar a ir mais fundo (ver).
Entender.
Estar na borda. No meio?
Afogar-se.
Sim. Não.
Nenhum?
O incerto. Não saber... e só.
A hora de parar.
Não saber.
Inspirar. Expirar. Passar. O dia, a tarde, a noite.
Querer o quê, afinal? Quem? Ninguém.
Excluir (como os outros). Sentimentos e memórias.
Guardar e esconder. Esquecer.
Esquecer?
O tempo, sempre encarregado de levar as coisas (para longe). Pessoas.
De mim. De você.
Afastar.
O tempo, mesmo que une, separa.
O tempo... passa.
Os dias... passam.
E você inspira, expira.
Qual o sentido? Seria capaz de responder?
Permanecer. Arriscar. Escolher.
Optar nem sempre é abrir mão.
Mentira. Escolha uma coisa e a outra vai embora.
Vai? Ou fica?
Insistindo.
Como saber o certo?
O certo. O errado. O bem. O mal.
Quem vai dizer o que é? Eu? Você?
Personalidade. Caráter.
O certo errado. O bem maldoso.
Antônimos quase sinônimos.
Aproximando-se cada vez mais.
Sim. Não.
Nenhum.
(Ninguém).

terça-feira, outubro 11, 2011

Untitled.

Eu. Você.
Aqui. Ali.
Dentro. E só.
Decidir?
Quando a decisão é dura? Correr?
Manter o hábito que machuca. Jogar-se no desconhecido.
Velho. Novo.
Acomodar-se como os outros seres quase humanos?
Pensar. Separar. Unir.
A confusão que toma conta quando nem a si próprio é possível conhecer.
Qual será o próximo passo?
Tira essa venda que incapacita de ver além. Deficiente de horizonte.
Dê-me a mão. Ensino-te a caminhar... de novo.
Um passo de cada vez para que não se atropele (nem atropele os outros).
Acreditar. Lembrar. Saber.
Acreditar em si. Lembrar de mim. Saber de nós.
Nós? A união de eu e você?
Unir. Procurar.
Um coração que nunca foi partido e ainda assim precisa de reparos.
Para. Não se conserta. No coração quase inteiro (ou quase quebrado) encontra-se todas as marcas.
O caminho já percorrido faz de ti quem és.
Eu. Tu. Nós.
Sem Ele.
Medo? É isso que se passa aqui.
Medo de puxar, medo de largar. O vai e vem.
Amor. Ódio. Uma linha tênue.
Confesso que te odeio.
E odeio não ter... você.
Lembrar. O toque. O calor.
Inesquecível, talvez.
A vontade de esquecer invade. Apagar de mim... você.
A vontade de lembrar vence. Mais uma vez.
Reviver na mente - insana - cada instante.
Te gosto como pessoa. Admiro-te. Tua força de vontade, teu jeito de acreditar sempre. Teu pensamento.
Admiro o coração. Grande. Bom.
Te gosto como ser quase humano. Como tem que ser. Ser.
Desejo-te da forma mais pura (e da mais vil).
Desejo teu espírito (e tua carne).
Desejo teu sorriso.
Para onde foi? Onde se escondeu? O sorriso...
Combina contigo.
Sorria. Teu riso bobo. Tua alegria.
Posso dá-la a ti? A alegria. Permanente.
Fixar em ti o que mais me agrada. Pedaços que já se encontram dentro. Fora. Ambos?
Eu... sem você.
Aqui. Ali... sem você.

segunda-feira, abril 25, 2011

Fuck you, I won't do what you tell me.

E então, é isso mesmo, sociedade? O que você afinal espera de mim?
Que eu vá lhe dar satisfações por cada passo que eu der?
Até onde eu sei, a vida continua sendo minha. Meus atos ainda me pertencem. Ou pelo menos, deveria ser assim.
Até onde eu sei, quem terá que arcar com as consequências de qualquer decisão, qualquer escolha, ainda serei eu. Os caminhos que irei seguir ainda são meus. Ou deveria ser assim.
Até onde eu sei, quem irá derramar lágrimas (ou compartilhar sorrisos) sou eu.
Então, aqui vai a pergunta: por que você tem esse desejo infinito de se intrometer na minha vida, sociedade?
Eu não vou fazer o que você me diz para. Não vou comprar o que você me diz para. Não vou comer o que você me diz para. Não vou viver do jeito que você quer.
A vida ainda é minha.
É um absurdo lutarem tanto para conseguir liberdade e o máximo que se pode obter é uma pseudo-liberdade. A ideia de que somos livres continua no âmbito das ideias, na prática a coisa funciona um pouco diferente.
Alguém acha que liberdade é você ser obrigado a votar? Alguém acha que liberdade é você ter que seguir uma tendência que a sociedade te enfia guela a baixo? Alguém acha que liberdade é você ter que aceitar que você não pode casar e ter uma família com a pessoa que você ama pelo simples fato de ela ter o mesmo sexo que você? Alguém acha que liberdade é você ter que pagar absurdos de impostos? Alguém acha que liberdade é você não poder expressar sua opinião sem ser julgado por aquilo que você acha?
É sério, alguém acredita mesmo nisso?
Não acredito que um dia poderemos alcançar o real conceito de liberdade. A sociedade não permite isso. Não seria interessante.
A sociedade dita o que você deve fazer. O que te resta? Tentar escapar. Passar sua vida tentando acreditar que você é dono de suas próprias escolhas. Quase viver em uma ilusão. Afinal, se fôssemos viver com os olhos abertos no mundo, enlouqueceríamos. Talvez por isso tantas pessoas estejam enloquecendo hoje em dia, talvez elas estejam começando a abrir os olhos de verdade, enxergar com clareza esse mundo em quevivemos; e talvez o que elas vejam seja demais para aguentar.
E você, será que já abriu os olhos? E se não, o motivo seria medo ou conformismo mesmo?
Outra coisa que nos assombra é o conformismo. A gente se conforma com os preços. A gente se conforma com os impostos. A gente se conforma que todos os políticos são corruptos. A gente se conforma com a nossa vida. A gente se conforma com a chuva. A gente se conforma com tudo.
Levantar? Lutar? Para quê?
Talvez essa seja uma das coisas que mais fazem falta hoje em dia: a vontade de lutar, de buscar seu espaço (que espaço?). Muita gente acha que o que devia ser feito já foi feito por quem devia fazer, no passado. Muita gente acha que o que foi conquistado é o suficiente. Muita gente senta no sofá, assiste televisão e simplesmente aceita tudo o que é dito... sem questionar, sem argumentar. Muita gente é alienada.
E o que se esperar de indivíduos que vivem em uma sociedade no qual o objetivo é justamente esse? Alienar as pessoas é o que o sistema faz, sem dúvida alguma. Por que eles iriam desejar o povo pensando? Por que eles iriam querer que o povo tivesse instrução? Ou você realmente acredita que o ensino nas escolas públicas é ruim por simples força do destino? Ou você realmente acredita que o acesso ao ensino superior é tão limitado porque eles querem mesmo selecionar apenas os melhores? Não. Eles querem é que o mínimo de pessoas tenham consciência política, eles querem é que o mínimo de pessoas possam ter força suficiente para enfrentá-los (não digo força física, mas sim força intelectual). Eles querem mesmo é que o povo emburreça cada vez mais. Eles não precisam de pessoas inteligentes.
Pensar nisso me revolta cada vez mais e mais. Mas de que adianta se revoltar?
O que nos resta é seguir nossas vidas e tentar ser feliz. Fica paradoxal, eu sei. Seguir nossas vidas e tentar ser feliz significa exatamente ser o tipo de pessoa alienada e conformada com a qual eu estou revoltada. Mas o que nos resta fazer?

segunda-feira, janeiro 10, 2011

The man I love.

O homem que eu amo é forte e bonito...
É feliz, dança como ninguém.
É habilidoso.
O homem que eu amo é capaz de me proteger de tudo e de todos...
É perfeito, sem constar nenhum defeito.
É atencioso, pensa em casar e ter filhos, quer viver feliz para sempre, como num conto de fadas.
O homem que eu amo puxa a cadeira para eu sentar, abre a porta do carro..
É um verdadeiro gentleman, sabe como me agradar de todas as formas, me conhece mais do que qualquer pessoa no mundo e consegue saber o que eu penso com um simples encontro de olhares.
O homem que eu amo me respeita, sabe o que eu gosto e o que eu odeio; em termos, me obedece.
É compreensivo, sensível. É carismático. É carinhoso e tão grudento quanto eu.
O homem que eu amo me ama de todo jeito, consegue amar até os meus defeitos, não quer que eu mude nenhum, afinal, "nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".
O homem que eu amo me atura até quando sou grossa e tem paciência por nós dois. Mesmo quando nem eu consigo me aguentar, ele me abraça e me aninha em seu peito... Forte, como torres. Lá me sinto segura. E só lá.
O homem que eu amo fica horas comigo no telefone; vai ao shopping e fica o dia inteiro andando e carregando bolsas, enquanto eu entro em cada loja ao alcance da minha visão, mas sem nunca se entediar ou se cansar de dizer "ficou lindo em você".

O homem que eu amo... não existe.


ainda.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Bittersweet.

Passo tanto tempo sem te ver que penso esquecer do teu rosto. Porém, quando fecho os olhos, as delicadas linhas do teu semblante se desenham em minha mente. Você parece tão perto. Tento te tocar, entretanto minhas mãos agarram o ar.

Na minha mente, guardo a cópia mais fiel do sorriso mais bonito. No meu corpo sinto o calor; o seu calor. Arrepio-me. Faz tanto tempo. Pensei te esquecer. Pensei encontrar em outro alguém o que tinha contigo. Falhei.

Hoje abri uma gaveta, e dela saíram fantasmas. Nela se encontram tuas fotos, tuas roupas ainda com teu cheiro. Ah, aquele doce aroma do seu perfume barato. Quis fugir. Sentei-me. Recusava-me a acreditar no poder que ainda tinhas sobre mim. Seria possível? Uma vez mais, fechei os olhos para te trazer pra perto.
Não pude evitar e procurei ler as doces palavras que dizias quando por mim era apaixonado. Tentei espantar o pensamento de que aquelas mesmas palavras hoje são ouvidas por outro par de ouvidos atentos. Tentei segurar a lágrima que teimava cair. Falhei novamente.
Descobri não ser tão forte quanto pensava. Descobri ser um ser humano como outro qualquer. Descobri a vulnerabilidade. Mas seria só eu vulnerável?
Ouvi nossa música. Permiti-me sentir tudo, deixei o oceano de sentimentos me invadir e me afogar.
E então, calei-me.


permaneço em silêncio.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Mais um fim.

É.. mais um fim.
Sabe o que eu percebi mais ainda em 2010? O quanto o tempo passa rápido.
Parece que só faz alguns meses que o ano começou e já estamos a semanas de 2011.
Tanta coisa mudou. Tanta coisa continuou no mesmo lugar. Tanta coisa aconteceu. Tanta coisa deixou de acontecer.
Não foi um ano especial. Foi um ano como todos os outros. Foi mais um ano..
Mais um ano em que pessoas continuaram morrendo de fome. Mais um ano em que o aquecimento global continuou crescendo - sim, me preocupo com o meio ambiente. Mais um ano em que tudo continuou errado.
Errado pra todo mundo.
Nem sei quando esse mundo vai mudar! Nem sei se eu vou estar viva pra ver!
Tenho raiva de viver aqui. Se eu pudesse viveria em Marte, ou até mesmo fora do Sistema Solar.
Sim, estou revoltada. Com a vida. Com as circunstâncias. Com as coisas que temos que passar pra viver.

É assim que termina meu 2010. Com revolta.
E que venha meu 2011. Com coisas novas, ou as velhas mesmo, aquelas "velhas" que ficam são sempre boas.

"todo sopro que apaga uma chama, reacende o que for pra ficar."

domingo, dezembro 05, 2010

Pessimismo x Otimismo. Fight!

Sabe o pior de ser pessimista? Ser um chato que não acredita em nada, que sempre acha que nada vai dar certo.
Sabe o pior de ser otimista? Quando o que você deposita todas as suas fichas não dá certo, a decepção consigo é algo que não cabe dentro de você.
O ideal é conseguir um equilíbrio entre os dois. Os que se consideram equilibrados se intitulam "realistas". Mas, será que alguém é mesmo equilibrado?
Por pior que seja ser pessimista, todos são um pouco. Por pior que seja ser otimista, todos são um pouco.
É normal. Quem nunca pensou que estava passando por uma época em que nada dava certo? Quem nunca se iludiu tanto, apostou tudo em alguma coisa?
Eu acredito que o pensamento ajuda sim... Se você entra em uma batalha já derrotado, nunca terá chances de vencer, por mais forte que seja. Não tem como. E por pior que seja sua situação, se você acreditar que tudo pode melhorar, aquilo pode realmente passar a não ser tão ruim assim! Não é que seu pensamento seja uma coisa de outro mundo capaz de mudar as coisas. Mas tudo tem seus dois lados, e é preciso ver ambos. Tudo tem duas possibilidades: a de dar certo e a de não dar.
Particularmente, quando estou diante de uma situação que eu desejo muito, acredito com todas as forças que eu vou coneguir, que eu sou capaz; até porque, se eu não acreditar em mim mesma, quem vai? Mas tenho plena consciência de que eu posso falhar. Afinal, todos falhamos! Isso ajuda com que eu não me decepcione, mas também não seja uma chata que acha que tudo sempre irá dar errado.
Seria eu realista? Ah, sei lá. Espero que não. Não gosto de rótulos. Sou só eu! Mas enfim...
Ser realista, e só, é entediante! Imagine passar toda sua vida sem sonhar, sem tirar os pés do chão. Entediante, e no mínimo triste... Sonhar é necessário... Se iludir é bom, mas sabendo os limites.

"O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso." (Ariano Suassuna)

Nem pessimista, nem otimista, nem realista. Chamo-me Eliza, prazer :)