sábado, junho 12, 2010

Fantasmas.

Os fantasmas nunca me deixam em paz.
Corro, saio da escuridão que me devora... Mas eles me perseguem, os fantasmas.
Por mais que eu fuja, por mais que eu tente ir contra, eles vêm ao meu encontro. E só me resta lembrar, aceitar, entender...
Os fantasmas são as minhas memórias.

Por isso não posso fugir. Ele(a)s estão em mim. São parte de mim, do que vivi, do que fui e do que sou hoje.
Mas existem aquelas que nunca deveriam existir, e que não merecem ser lembradas.
São essas que viram fantasmas.
São essas que perseguem, caçam, machucam, matam.

Mas estou me acostumando com isso.
E criando novas memórias, que talvez nunca substituam essas, mas que consigam gritar mais alto, calar a voz daquelas que só querem me destruir.
Estou criando anticorpos, criando combatentes, um exército... quase uma legião.

E sei que quando eu menos esperar, nada mais vai machucar.
Fantasmas não me assustarão, nem me farão correr.

Tenho um salvador, agora.
Que me salva mais a cada dia.
Tenho alguém do meu lado que me faz feliz de verdade, que dissipa todo o medo e me dá toda a segurança.
E aí lembro que não preciso lembrar.
Não preciso lembrar do que machuca, ou de qualquer passado.
Só preciso lembrar do presente, do pretérito perfeito (o qual vivo hoje), do futuro...

E agradeço.

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