domingo, maio 09, 2010

Ela.

Ela.
Ela tinha o mundo em suas mãos.
Mas ela queria dividir o mundo com alguém. Alguém que fosse especial, inteligente, estranho. Alguém que a entendesse, que compartilhasse dos mesmos sonhos que ela. Ela não procurava por alguém perfeito, ela procurava por alguém. Alguém de carne e osso. Alguém que contivesse defeitos e qualidades. Alguém que fosse fazê-la passar por situações de perigo, que fosse deixá-la insegura, e mesmo assim feliz. Alguém que simplesmente a fizesse sorrir.
Ela só queria sorrir.
O mundo que estava nas mãos dela era vazio e pequeno demais sem esse alguém. E ela ainda nem sabia quem esse alguém era.
A cada vez que uma pessoa parecida com o alguém cruzava o seu caminho, ela pensava que finalmente tinha achado o alguém dela. Mas aí, ele ia embora, e a deixava sozinha, gritando na escuridão. Essa cena se repetia, se repetia. Ela cansou, decidiu não procurar mais. Decidiu que ficaria parada sempre no mesmo lugar. Ela e seu mundo... e só!

Mas no fundo, bem lá no fundo, ela ainda esperava. Esperava que o alguém ia chegar, de bermudas e chinelos, ou de jeans e all star, e ia ser o alguém dela.
Ela não procurava mais, mas esperava. Tinha esperança. Não dizem que a esperança é a última que morre? Era o sentimento que restava a ela. Esperança.

Até hoje o alguém dela ainda não apareceu. Mas ela ainda está esperando, parada, esperando. Ele vai vir. Quando ela não sabe. Ela só sabe que ele existe, em algum lugar. E que é isso que a mantém respirando a cada dia!

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